A operação da Polícia Federal em residências de diretores da Braskem não deveria surpreender ninguém, especialmente para uma empresa familiarizada com as ações da Lava Jato em seu histórico. O que chama a atenção, no entanto, é que este processo tem estado pendente nos registros oficiais por mais de cinco anos.
Por que somente agora? E por que não progrediu em relação às numerosas notas fakes emitidas pela Braskem ao longo desse período, prejudicando o mercado, a bolsa de valores, Maceió e Alagoas? Estas últimas são vítimas inquestionáveis dos atos ilícitos da empresa.
Além disso, essas ações tinham objetivos específicos: ocultar a verdadeira máfia que a Braskem estabeleceu em Alagoas, iludir a mídia nacional e especializada, e apresentar à opinião pública uma narrativa distante dos fatos.
É crucial avançar nessa investigação e também na direção dos acordos que a empresa tramou em Alagoas com órgãos de justiça que, ao invés de proteger os interesses do Estado, defendem vigorosamente uma empresa reincidente em infrações, responsável por danos substanciais à nossa capital. Ainda há muito a ser esclarecido.