As forças israelenses estão ampliando sua ofensiva terrestre na região central da Faixa de Gaza, conforme o Conselho de Segurança da ONU se prepara para votar uma resolução para aumentar a ajuda humanitária e evitar a ameaça de fome na área. Com o enfraquecimento das negociações no Egito, que buscam obter um novo acordo de trégua entre Israel e o grupo palestino Hamas, foram relatados ataques aéreos, bombardeios de artilharia e combates em todo o enclave.
Hoje, os militares israelenses emitiram um aviso para os moradores de Al-Bureij, no centro de Gaza, ordenando que se mudem imediatamente para o sul, indicando um novo foco do ataque terrestre que já devastou o norte da região e fez incursões no sul. O governo de Israel, comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tem afirmado o objetivo de eliminar o Hamas, grupo militante que governa Gaza, em retaliação a ataques anteriores.
O crescente número de mortos durante a campanha militar israelense de retaliação tem atraído críticas internacionais, inclusive dos Estados Unidos. O Ministério da Saúde de Gaza informou que mais de 20.000 palestinos foram mortos e mais de 50.000 foram feridos nos ataques israelenses. Enquanto os militares israelenses culpam o Hamas por operar em áreas densamente povoadas ou usar civis como escudos humanos, o grupo nega as acusações.
As negociações continuam para evitar o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, redigida pelos Emirados Árabes Unidos, que exigiria que Israel e o Hamas permitissem a entrega de ajuda humanitária em toda a Faixa de Gaza. A votação do Conselho de Segurança foi adiada novamente para esta sexta-feira após semanas de negociações e uma série de adiamentos. Uma pausa humanitária ajudou a aumentar as entregas de ajuda a Gaza, mas o risco de fome na região continua aumentando.
Em meio a tudo isso, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, esteve no Cairo para um segundo dia de negociações, enquanto os países mediadores se reuniram separadamente com Israel, o Hamas e outros grupos, mas sem divulgar maiores detalhes. A situação delicada na Faixa de Gaza continua a atrair atenção internacional e a pressionar por uma solução para evitar uma crise humanitária ainda maior.