Desde a última segunda-feira (1º), os moradores de São Paulo passaram a pagar mais caro para utilizar o Metrô e os trens metropolitanos, com as passagens subindo de R$ 4,40 para R$ 5. No entanto, o aumento não ocorreu nos ônibus, que são administrados pela prefeitura de São Paulo, mantendo o preço das passagens em R$ 4,40, com a gratuidade aos domingos anunciada pela prefeitura.
O ato de protesto contou com a participação majoritária de estudantes, que cantaram palavras de ordem como “Contra a tarifa eu vou lutar. Sou estudante e São Paulo vai parar” e “Ei, Tarcísio, deixa eu te falar. Ou abaixa a tarifa ou São Paulo vai parar”. Para os manifestantes, o aumento das tarifas está ligado a uma tentativa de privatização do transporte público por parte do governador de São Paulo.
Diego Ferreira, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que o ato também foi uma manifestação pelo passe livre e contra a privatização do transporte público. Além disso, os manifestantes retomaram pautas de 2013, como o passe livre e a tarifa zero para os trabalhadores, segundo Sofia Rocha, dirigente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de São Paulo (DCE Livre Alexandre Vannucchi Leme).
Segundo os manifestantes, o aumento na tarifa traz uma série de problemas, incluindo o crescimento da evasão escolar e o impacto negativo nos estudantes mais pobres. Procurado pela Agência Brasil, o governo de São Paulo ainda não se manifestou sobre o protesto.
O ato demonstra a insatisfação da população com o aumento das tarifas e a privatização do transporte público, trazendo à tona a necessidade de debates e soluções para os problemas enfrentados pelos moradores de São Paulo. A atuação dos manifestantes também ressalta a importância do engajamento da sociedade civil na defesa de seus direitos e interesses.