No entanto, apesar de haver 207 vagas de acolhimento disponíveis pela prefeitura e 50 pelo governo do estado de São Paulo, todas as vagas estão ocupadas no momento. O atendimento médico está sendo oferecido pelas unidades básicas de saúde da região, e os refugiados também estão recebendo auxílio para tirar documentos, como o CPF, e cursos de português.
O fluxo de refugiados do Afeganistão para o Aeroporto de Guarulhos começou em 2021, depois que os Estados Unidos retiraram as tropas do país após 20 anos de ocupação. O grupo fundamentalista Talibã assumiu o poder novamente após a retirada das tropas americanas. O Talibã foi organizado por rebeldes que receberam apoio dos Estados Unidos e do Paquistão para combater a presença soviética no Afeganistão durante a Guerra Fria. O grupo assumiu o controle do governo em 1996, promovendo execuções de adversários e aplicando sua interpretação da Sharia, a lei islâmica.
Os Estados Unidos ocuparam o Afeganistão em reação aos ataques às torres gêmeas do World Trade Center em 2001, alegando que o Talibã deu abrigo ao grupo terrorista Al Qaeda, que assumiu a autoria dos atentados. Em outubro de 2001, começaram as operações militares no país, mas o Talibã retomou o controle do governo em 2021.
No Aeroporto Internacional de Guarulhos, a situação dos refugiados afegãos é delicada e exige atenção humanitária e apoio para que possam reconstruir suas vidas em um contexto seguro. A prefeitura de Guarulhos, em conjunto com o governo do estado de São Paulo, está trabalhando para oferecer todas as formas de assistência necessárias para garantir o bem-estar e a integração dos refugiados afegãos na sociedade brasileira.