BRASIL – Ministério das Relações Exteriores do Brasil critica declarações de Israel sobre emigração de palestinos da Faixa de Gaza.

As recentes declarações de autoridades de Israel defendendo a emigração dos palestinos da Faixa de Gaza causaram repercussão em âmbito internacional. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na última sexta-feira (5) criticando essas declarações, afirmando que violam o direito internacional e prejudicam a possibilidade de paz na região.

De acordo com o Itamaraty, as declarações das autoridades israelenses representam uma violação do Direito Internacional, pois proíbem o deslocamento forçado de populações e a aquisição de territórios por meio da guerra. Além disso, o governo brasileiro enfatizou que tais declarações aprofundam as tensões e prejudicam as perspectivas de alcançar a paz na região.

As declarações que geraram controvérsia foram feitas por Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel, em uma entrevista a uma rádio local. Smotrich defendeu a emigração dos palestinos de Gaza, afirmando que isso mudaria drasticamente a dinâmica da região. O ministro da Segurança de Israel, Itamar Bem-Gvir, também endossou essa posição.

Além do Brasil, a União Europeia, países árabes, a Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos (EUA) também criticaram as declarações das autoridades israelenses. O Departamento de Estado dos EUA classificou as declarações como “inflamatórias e irresponsáveis”.

A ONU denunciou que os pesados bombardeios em Gaza continuam a causar deslocamentos populacionais e vítimas civis. Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU (Ocha), estima-se que 1,9 milhão de pessoas tenham abandonado suas casas devido à guerra. Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou para a situação precária das crianças palestinas em Gaza, que correm o risco de morrer por doenças evitáveis, falta de água e alimentos.

Desde o início dos conflitos no Oriente Médio, em outubro do ano passado, o número de mortos e feridos é alarmante. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, 22,6 mil palestinos foram assassinados, sendo 70% mulheres e crianças. Do lado israelense, 1,2 mil pessoas morreram no ataque do Hamas. Os números evidenciam a gravidade da situação na região e a necessidade urgente de buscar soluções para alcançar a paz duradoura.

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