O anúncio do fim da modalidade de transferência foi feito no ano passado, e a data máxima de agendamento do DOC vai até 29 de fevereiro, quando os bancos terminam de processar os pagamentos, encerrando o sistema definitivamente. Essa mudança vem em um momento em que o DOC e a TEC vêm perdendo espaço para o Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central que não tem custo para pessoas físicas.
Criado em 1985, o DOC permitia o repasse de recursos até as 22h, com a transação sendo quitada no dia útil seguinte à ordem. Caso fosse feito após esse horário, a transferência só era concluída dois dias úteis depois. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseados em informações do Banco Central, as transações via DOC somaram 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, representando apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no período.
Em comparação, o DOC ficou bem atrás de outras modalidades de pagamento, como cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boletos (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e do já mencionado Pix, que registrou 17,6 bilhões de operações.
A Transferência Eletrônica Disponível (TED), utilizada principalmente para transferência de grandes valores, continuará em vigor. Criada em 2002, a TED permite o envio de recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a transação levando até meia hora para ser quitada.
Com as mudanças no cenário das transferências financeiras, a tendência é que mais pessoas migrem para o Pix, deixando para trás o antigo e familiar sistema DOC. A era digital está abrindo caminho para métodos mais ágeis e eficientes, levando a uma transformação no mercado financeiro.
