O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, é formado a partir da reunião das projeções de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. De acordo com os dados, a projeção da inflação para 2025 é de 3,50%, e para 2026 e 2027, a previsão é que a inflação se mantenha em 3,5% nos dois anos.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo de meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% para 2024, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que está definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Copom informou que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços, visto que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por outro lado, quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano, e para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano, a mesma previsão para os anos de 2026 e 2027.
Em relação ao câmbio, o Boletim Focus prevê uma diminuição no valor do dólar. Segundo as projeções, a moeda norte-americana deve fechar 2024 em R$ 4,95. Há quatro semanas, a previsão era de R$ 5,00. Para os anos de 2025, 2026 e 2027, a projeção é que o dólar fique em R$ 5,00, R$ 5,06 e R$ 5,10, respectivamente.
Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o Boletim Focus manteve a previsão de crescimento de 1,59% para este ano e 2% para 2025, 2026 e 2027.