De acordo com a denúncia, Patrícia morava em Arlington, no Texas, quando se passou por advogada especialista em imigração. Uma das supostas vítimas da brasileira teria pago a ela mais de US$ 135 mil (cerca de R$ 658 mil) em troca da promessa de receber um visto EB-5, que garante o direito permanente de residir nos Estados Unidos ao estrangeiro que investir em negócios que gerem empregos em território norte-americano.
Os promotores alegam que o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lélis, que, em vez de investir o dinheiro conforme prometido, supostamente o usou para pagar a entrada de sua casa em Arlington, reformar os banheiros e pagar outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito.
Além disso, a brasileira também é acusada de ter cometido fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravada. Segundo a acusação, ela falsificou formulários de imigração dos EUA e forjou múltiplas assinaturas e recibos para atestar que investia o dinheiro das vítimas em negócios legais.
Patrícia agora está sujeita a penas de, no máximo, 20 anos de prisão por envolvimento em fraude eletrônica; dez anos por transações monetárias ilegais e de, no mínimo, dois anos por roubo de identidade agravado.
Nas redes sociais, a jornalista brasileira minimizou a gravidade das acusações, confirmando que as autoridades norte-americanas estão “procurando-a” e alegando que já sabem exatamente onde ela se encontra, na condição de exilada política nos Estados Unidos.
Patrícia Lélis é conhecida por envolvimento em polêmicas, tendo acusado o deputado federal Marco Feliciano de tentativa de estupro e de mantê-la em cárcere privado, o que resultou em acusações de denúncia caluniosa e extorsão por parte da Polícia Civil de São Paulo, que investigava as denúncias. Além disso, ela também fez acusações contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, com quem ela afirma ter namorado, e em 2018, disputou as eleições para a Câmara dos Deputados, mas não foi eleita.