As investigações levaram à identificação de mais desdobramentos e resultaram no requerimento de um novo bloqueio de R$ 27 milhões, além do sequestro do jato executivo Raytheon Aircraf, modelo 400A, avaliado em R$ 11 milhões. Em novembro do ano passado, 23 integrantes da Orcrim foram denunciados por fraudes societárias, falsidade ideológica, lavagem de bens e emissão de notas fiscais inidôneas.
Como resultado da apreensão da aeronave, o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) solicitou à Justiça a cessão do jato para uso oficial da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Saúde de Alagoas (SSP/AL) com o propósito de atender os interesses da população carente.
As medidas cautelares foram emitidas pela 17ª Vara Criminal da Capital e foram executadas em cooperação com os Ministérios Públicos e as Polícias Militares de Santa Catarina e Paraná, junto com a participação das Secretarias de Estado da Fazenda e da Segurança Pública e das Polícias Civil e Militar alagoanas.
Além disso, foi revelado que a Orcrim emitiu 1.644 notas fiscais ideologicamente falsas que somaram quase R$ 221 milhões, resultando em um prejuízo significativo para o Estado de Alagoas. Segundo o Gaesf, as fraudes foram realizadas por meio da criação de 16 empresas de fachada e/ou pessoas jurídicas inexistentes, uso de “laranjas” e avatares e simulação de venda de produtos utilizando as notas fraudulentas, que foram distribuídas para 40 empresas paulistas.
É importante ressaltar que todas as informações foram obtidas através da assessoria do Ministério Público de Alagoas.