Uma das principais modificações é a inclusão dos Jogos Sudolímpicos como possibilidade de indicação. Essa medida está de acordo com a recém-criada Lei Geral do Esporte, de 2023. O coordenador-geral do programa Bolsa-Atleta, Fábio Gonçalves, ressaltou que a mudança visa aumentar o número de atletas contemplados pelo benefício.
A portaria detalha as fases, processos e critérios para que os atletas sejam contemplados pelo programa. Além disso, estabelece as possibilidades de eventos participantes, permitindo a indicação de competições internacionais, como mundiais, pan-americanos e sul-americanos.
Outra mudança importante é a entrada dos eventos específicos para a população de surdos. Além disso, o edital para indicação da modalidade Bolsa-Atleta Pódio já permite as inscrições de atletas surdos, guias e auxiliares do esporte paralímpico, gestantes e puérperas.
A expectativa é que as mudanças resultem em um aumento de mais de 1,5 mil atletas beneficiados, elevando o total de bolsistas para 10 mil. Atualmente, o programa conta com seis tipos de benefícios: Bolsa-Atleta Pódio, Olímpico, Internacional, Nacional, Estudantil e de Base.
Criado em 2005, o programa tem como objetivo possibilitar que os bolsistas de alto desempenho se dediquem exclusivamente ao treinamento e competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas. Os repasses mensais variam de R$ 370 a R$ 15 mil.
Nos últimos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, realizados em Tóquio, no Japão, em 2021, a maioria dos integrantes da delegação olímpica e paralímpica eram bolsistas do programa federal. Este é um reflexo do impacto positivo que o Bolsa-Atleta tem tido no apoio aos esportistas de alto rendimento.