A exposição intitulada Paisagens Mineradas está aberta ao público na Matilha Cultural, no centro da cidade, e vai até o dia 25 de fevereiro. O espaço conta com obras produzidas por dez mulheres artistas visuais, que abordam o tema da mineração e seus impactos na sociedade e no meio ambiente. São fotografias, gravuras, esculturas, vídeos e instalações artísticas que buscam promover a reflexão sobre o histórico da mineração no Brasil e seu caráter prejudicial à natureza e às pessoas.
Além da exposição, o Instituto Camila e Luiz Taliberti e a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (Avabrum) organizam o Ato Memória e Justiça, pelas vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, que será realizado na Avenida Paulista, na esquina com a Rua Pamplona. O evento contará com discursos em homenagem às vítimas, e está previsto também o acionamento de uma sirene no horário exato em que a barragem se rompeu, às 12h28.
O instituto também relançou o Manifesto Basta de Impunidade. Justiça por Brumadinho, exigindo celeridade no andamento dos processos e pedindo que todas as pessoas consideradas responsáveis sejam processadas e julgadas pelos crimes identificados nas investigações.
A tragédia de Brumadinho deixou 270 mortos e causou degradação ambiental em diversos municípios mineiros, e até hoje as famílias das vítimas aguardam por justiça e responsabilização dos envolvidos. O ato e a exposição em São Paulo representam a continuidade do movimento por justiça e memória às vítimas, além de serem uma forma de reforçar a importância da discussão sobre a responsabilidade ambiental e social das atividades de mineração no país.