A taxa obtida na emissão dos títulos de dez anos foi de 6,35% ao ano, um aumento em relação à taxa de 6,15% ao ano registrada na última emissão desse tipo de papel, em abril do ano passado. O Tesouro Nacional informou que, apesar das taxas mais altas, elas foram menores do que as esperadas, que giravam em torno de 6,5% ao ano.
Já para os títulos de 30 anos, a taxa atingiu 7,15% ao ano, em comparação com os 4,925% ao ano registrados na emissão mais recente, em junho de 2021. Essa alta nas taxas é atribuída, em parte, aos juros nos Estados Unidos, que começaram a subir em 2022 e permaneceram estáveis em uma banda entre 5,25% e 5,5% ao ano desde julho do ano passado.
As taxas alcançadas para os títulos de dez anos são as mais altas registradas para esse tipo de título desde fevereiro de 2005, enquanto os juros para os títulos de 30 anos são os maiores desde agosto de 2006. Tais dados refletem as condições do mercado financeiro internacional e são influenciados pelo rendimento dos títulos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do mundo.
A captação desses recursos no exterior tem como principal objetivo fornecer um referencial para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional. Os recursos captados serão incorporados às reservas internacionais do Brasil em 29 de janeiro.
Em suma, a captação de US$ 4,5 bilhões pelo Tesouro Nacional revela um aumento nas taxas de juros em relação às últimas emissões, refletindo as condições do mercado financeiro internacional e o impacto dos juros nos Estados Unidos.