Segundo testemunhas, a informação errônea sobre a perfuração por bala teria sido dada por membros da equipe de socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma testemunha que preferiu não se identificar relatou que o impacto da colisão foi extremamente violento, deixando o corpo da vítima muito machucado, o que pode ter ocasionado a confusão em relação à causa das lesões.
Em nota à imprensa, a chefia especial do Instituto Médico Legal de Arapiraca esclareceu o ocorrido, confirmando que o exame de necropsia realizado no corpo de Alícia apontou que a causa da morte foi um traumatismo toracoabdominal decorrente do acidente de trânsito. A Polícia Científica também endossou essa informação, proporcionando mais clareza sobre o trágico evento.
O acidente teve início com uma perseguição policial que começou no Conjunto Residencial Frei Damião, no bairro Canafístula, e culminou na colisão entre a moto em que o criminoso fugia e a Honda Pop 100 que Alícia conduzia na Rua Estudante José de Oliveira Leite, bairro Ouro Preto. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.
A morte de Alícia Ferreira dos Santos representa mais uma triste consequência de perseguições policiais que resultam em acidentes fatais. A correção da informação inicial sobre a causa da morte é importante para esclarecer os fatos e evitar conclusões precipitadas. O impacto dessa tragédia certamente afetará a comunidade local e reacende a discussão sobre a segurança em perseguições policiais e a sua gestão para evitar danos colaterais.