Justiça de Alagoas revoga prisão de policial acusado da morte de empresário em Arapiraca após descumprir medidas cautelares.

Um dos três policiais militares acusados da morte do empresário Marcelo Leite, em Arapiraca, teve a sua prisão revogada pela Justiça de Alagoas. A decisão foi tomada na última segunda-feira, 22 de março, pelo juiz Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca.

Jilfran Santos Batista estava cumprindo prisão cautelar desde novembro de 2023, na sede do 3º Batalhão da Polícia Militar. A prisão foi um pedido do Ministério Público de Alagoas, após a família do empresário denunciar que Jilfran estaria descumprindo as medidas cautelares impostas pela Justiça. No entanto, o juiz Alberto de Almeida alegou a inexistência de motivos para manter a prisão cautelar de Jilfran Santos Batista e concedeu liberdade provisória ao policial.

Além da revogação da prisão, o magistrado determinou o cumprimento de algumas medidas cautelares aos três militares réus no processo pela morte do empresário. Entre as medidas estão o afastamento das funções policiais de segurança ostensiva, proibição de ausentar-se da Comarca de Arapiraca por período superior a cinco dias sem autorização do juízo, proibição de frequentar bares, boates, shows ou locais com uso de bebidas alcoólicas e aglomeração de pessoas, proibição de manter contato com os familiares da vítima, comparecimento a todos os atos judiciais para os quais for intimado, entre outras.

A decisão do juiz Alberto de Almeida gera impacto não apenas no caso específico de Jilfran Santos Batista, mas também levanta questões sobre os rumos do processo envolvendo a morte do empresário Marcelo Leite. A revogação da prisão e a imposição de medidas cautelares indicam um movimento da Justiça em garantir o cumprimento de direitos dos acusados, ao mesmo tempo em que busca assegurar a ordem e a segurança pública, evitando possíveis riscos de novas infrações por parte dos réus.

O desenrolar desse caso continua gerando repercussão e levantando debates sobre a atuação das autoridades policiais e judiciais. A liberdade provisória concedida a Jilfran Santos Batista traz à tona a complexidade e a sensibilidade envolvida nos processos que envolvem a responsabilização de agentes do Estado em crimes dessa natureza, evidenciando a importância de garantir a proteção dos direitos individuais, ao mesmo tempo em que se busca a verdade e a justiça em relação aos fatos ocorridos. O andamento desse caso certamente continuará sendo acompanhado com atenção pela sociedade e pelos órgãos de imprensa.

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