De acordo com o Tesouro Nacional, o recorde mensal histórico do Tesouro Direto ocorreu em março do ano passado, quando as vendas alcançaram o patamar de R$ 6,842 bilhões. Contudo, o interesse dos investidores diminuiu no último mês de 2023 devido às instabilidades no mercado financeiro global.
Os títulos mais buscados pelos investidores em dezembro foram os corrigidos pela Selic, que corresponderam a 70,3% do total das vendas. Já os títulos vinculados à inflação representaram 17,2%, enquanto os prefixados foram 9%. O Tesouro Renda+ e o novo título Tesouro Educa+ responderam por 2,5% e 1% das vendas, respectivamente.
Com a elevação da Taxa Selic pelo Banco Central a partir de dezembro de 2021, a atratividade dos títulos corrigidos pelos juros básicos aumentou. Mesmo com a redução recente da Selic para 11,75% ao ano, as taxas continuam sendo atrativas para os investidores.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 128,23 bilhões no final de dezembro, o que representou um aumento de 1,61% em relação ao mês anterior. Esse valor corresponde a um aumento de 22% em comparação com dezembro do ano anterior, impulsionado pelo superávit das vendas em relação aos resgates no último mês.
Em relação ao número de investidores, 312,4 mil novos cadastraram-se no programa em dezembro, elevando o número total de investidores para 26.918.583. Além disso, o número de investidores ativos aumentou 16,5% em 12 meses, atingindo 2.479.455.
Uma tendência observada é a preferência dos investidores por papéis de médio prazo, com as vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representando 33,8% do total, e entre 5 e 10 anos, 53,5%.
O Tesouro Direto, criado em 2002, tem como objetivo popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional. O programa de vendas pela internet é uma das formas que o governo utiliza para captar recursos e honrar seus compromissos financeiros. Maiores informações sobre o programa estão disponíveis no site do Tesouro Direto.