De acordo com a Transparência Internacional, mais de dois terços dos países registraram pontuação inferior a 50 pontos, resultando em uma média global de 43 pontos. A entidade também destaca que 23 países apresentaram queda em suas pontuações.
A Dinamarca conquistou a primeira posição no ranking, com 90 pontos, seguida pela Finlândia (87 pontos), Nova Zelândia (85 pontos) e Noruega (84 pontos). Enquanto a Somália ficou no último lugar, com apenas 11 pontos.
Na América, o Brasil ficou atrás de países como Uruguai (76 pontos), Chile (66 pontos), Cuba (42 pontos) e Argentina (37 pontos).
Segundo a Transparência Internacional, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro desmantelou os marcos legais e institucionais anticorrupção que o Brasil levou décadas para construir. Além disso, a entidade afirma que o primeiro ano de gestão de Luiz Inácio Lula da Silva falhou na reconstrução dos mecanismos de controle da corrupção e do sistema de freios e contrapesos democráticos.
Em resposta, a Controladoria-Geral da União (CGU) alega que trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado. A CGU ainda destaca que vem fortalecendo a integridade dos órgãos federais e colaborando para a implementação de programas de integridade pública.
A Transparência Internacional faz diversas recomendações para o governo federal, incluindo o desenvolvimento e implementação de uma política nacional anticorrupção com a participação da sociedade. Outras recomendações incluem total transparência orçamentária, fim do uso de mecanismos de negociação política como o “orçamento secreto”, preservação da Lei das Estatais e fortalecimento dos mecanismos de governança dessas empresas.
Também é recomendada a promoção da inclusão e da diversidade nas nomeações a cargos de alto escalão e no Poder Judiciário, bem como a remoção de funcionários de alto escalão sob investigação ou processados por corrupção e irregularidades relacionadas.