BRASIL – Conferência Nacional da Educação propõe revogação do novo ensino médio e aumento de investimento para a área.

O Brasil está prestes a passar por mudanças significativas na área da educação. O documento final da Conferência Nacional da Educação, que será entregue ao ministro da Educação, Camilo Santana, na segunda semana de fevereiro, traz propostas que incluem a revogação do novo ensino médio. Essas informações foram reveladas pelo coordenador do Fórum Nacional da Educação (FNE), Heleno Araújo.

De acordo com Araújo, o documento vai apresentar uma visão sistêmica da educação brasileira, com estratégias, propostas e metas abrangendo desde a creche até a pós-graduação. A revogação do novo ensino médio faz parte desse processo, pois, segundo ele, essa reforma apenas atua em uma etapa específica, sem preparar uma formação integral e humana para o conjunto da educação no país.

Outro ponto discutido no documento é a necessidade de combater as desigualdades de acesso à educação, investindo pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na área. Heleno Araújo destacou que atualmente existem 2 milhões de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos sem acesso à escola e 74 milhões que não concluíram a educação básica. O documento também abordará a importância de planejamento e continuidade na aplicação das políticas educacionais, independentemente da gestão nos municípios.

Além disso, o coordenador do FNE defende a efetividade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para que os municípios possam alcançar seus objetivos e metas. Ele também ressaltou a importância de ampliar o investimento na educação para atender à demanda, indicando que houve um retrocesso nos planos anteriores de investimento educacional.

Outros pontos levantados no documento incluem a defesa da educação integral na rede pública, o aumento do número de matrículas para educação profissional e a triplicação do investimento nesse setor. A expectativa é de que o governo federal apresente o projeto de lei do novo plano de educação até o final de março, para que o Congresso possa discutir e votar ainda no primeiro semestre.

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