De acordo com o ministro, os números preliminares da economia em janeiro estão bastante razoáveis, o que deixa o governo confiante de que podem ter um ano acima das expectativas, como aconteceu em 2023. Ele também destacou que o governo está tomando medidas para melhorar o ambiente de negócios e o crescimento econômico em 2024, como a implementação do Novo Marco de Garantias, sancionado em outubro e ainda pendente de regulamentações. Segundo Haddad, o Marco de Garantias tem o potencial de mudar o padrão de crédito no país, o que impulsionará o crescimento.
Além disso, o ministro comentou a alta da Dívida Pública Federal que terminou 2023 em R$ 6,52 trilhões, crescendo cerca de R$ 500 bilhões no ano passado. Ele ressaltou que boa parte da alta em 2023 decorre de heranças do governo anterior, como a quitação de precatórios (dívidas do governo com sentença judicial definitiva) e a ajuda financeira a estados para compensar a redução do imposto estadual sobre os combustíveis.
Na mesma linha, Haddad comentou que o déficit primário do Governo Central ficou em R$ 230,54 bilhões, o pior resultado para as contas públicas desde 2020, devido ao pagamento de cerca de R$ 92 bilhões em precatórios atrasados. No entanto, ele ressaltou que o governo espera fechar 2024 com crescimento da economia acima de 2% e está confiante de que encerrará o ano melhor do que as previsões. Em novembro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulgou projeção de avanço de 2,2% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a expectativa de crescimento do PIB neste ano de 1,5% para 1,7%.