BRASIL – Redução da taxa Selic para 11,25% impactará pouco o crédito e as prestações, diz Associação Nacional dos Executivos de Finanças

A decisão do Banco Central em reduzir a taxa Selic para 11,25% ao ano teve pouco impacto no barateamento do crédito e das prestações, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo diluiu o impacto na ponta final, fazendo com que os tomadores de novos empréstimos sintam pouco os efeitos do afrouxamento monetário.
Segundo a Anefac, o juro médio para pessoas físicas passará de 121,29% para 120,30% ao ano, enquanto para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 57,84% para 57,11% ao ano. Em relação aos financiamentos e empréstimos, os clientes terão uma economia pequena. Por exemplo, no financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,39 a menos por prestação e R$ 4,62 a menos no valor final com a nova taxa Selic.
No que diz respeito aos rendimentos da poupança, a Anefac também produziu simulações para demonstrar o impacto da nova taxa Selic. Com a taxa de 11,25% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta. Nas simulações, a poupança rende mais que os fundos em apenas dois cenários específicos, enquanto a vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração.
Apesar da redução da Selic, o impacto no crédito e nos rendimentos da poupança é menor do que o esperado, devido à diferença considerável entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, resultando em uma economia pequena para os consumidores e investidores.

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