BRASIL – Produção industrial fecha 2023 em alta de 0,2% – quinto mês consecutivo de crescimento positivo, aponta IBGE.

A produção industrial brasileira encerrou o ano de 2023 com um crescimento de 0,2%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2). A alta de 1,1% registrada em dezembro representa o quinto resultado positivo consecutivo para o setor, demonstrando uma recuperação gradual em relação aos impactos da pandemia.

De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), o desempenho positivo ajudou a elevar a produção das fábricas acima do nível pré-pandêmico, ficando 0,7% acima de fevereiro de 2020. No entanto, apesar da melhora, a indústria ainda se encontra 16,3% abaixo do maior nível registrado em maio de 2011.

Ao analisar os ramos pesquisados, apenas nove dos 25 apresentaram crescimento na produção. Setores como indústrias extrativas, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, e produtos alimentícios foram os que mais se destacaram positivamente. Por outro lado, atividades como veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos registraram desempenho negativo.

O gerente da pesquisa, André Macedo, destacou que o ano de 2023 foi marcado por dois períodos distintos para a indústria. No primeiro semestre, houve uma queda de 0,3%, enquanto no segundo semestre, ocorreu um crescimento de 0,5%.

Macedo ressaltou que o comportamento positivo do mercado de trabalho, com aumento na massa de rendimentos e inflação controlada, contribuíram para o desempenho da indústria. Além disso, as exportações, especialmente de commodities, e a flexibilização da política monetária também tiveram impacto positivo.

O pesquisador do IBGE ressaltou que o resultado de 2023 pode ser considerado como um crescimento tímido, com a economia ainda se recuperando dos efeitos da pandemia. A taxa média de desemprego em 2023 ficou em 7,8%, a menor desde 2014, e a inflação oficial encerrou o ano em 4,62%.

Diante desse cenário, a perspectiva é de que a indústria continue se recuperando gradualmente, impulsionada pelos avanços no mercado de trabalho e pelas políticas monetárias adotadas para estimular a atividade econômica.

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