A pena para este tipo de crime na Espanha pode chegar a até 12 anos de reclusão. Os detalhes do julgamento também incluem a preservação da identidade da vítima, que será protegida por um biombo durante seu depoimento, para evitar contato visual com o jogador. Além disso, a imagem dela será reproduzida em vídeo para os presentes, com a voz e imagem distorcidas.
A expectativa é de que Daniel Alves deponha no primeiro dia do julgamento, juntamente com outras seis pessoas. No segundo dia, outras 22 testemunhas serão ouvidas. O terceiro dia será dedicado à análise de dados periciais, como imagens das câmeras de segurança da boate onde o caso ocorreu e exames médicos realizados pela denunciante.
Apesar do pedido da acusação e do Ministério Público para que o jogador cumpra até 12 anos de prisão e 10 anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, é esperado que, se condenado, Daniel Alves permaneça preso por no máximo seis anos. Isso porque a defesa do jogador pagou à Justiça um valor de indenização à vítima.
A defesa de Daniel Alves, liderada pela advogada Inés Guardiola, tentou um acordo com os advogados da denunciante nas últimas semanas, mas as tratativas por uma conciliação caíram por terra quando a mãe do jogador expôs a identidade da mulher que denuncia o atleta de agressão sexual. Com isso, a advogada que atende a mulher afirmou que pretende processar a mãe do brasileiro.
O caso, que teve repercussão na imprensa espanhola em dezembro de 2022, teve a denúncia aceita pela Justiça espanhola em janeiro de 2023. Durante o período em que está recluso, Daniel Alves mudou seu depoimento diversas vezes, primeiro negando conhecer a jovem que o acusava e, posteriormente, alegando que a relação sexual foi consensual. No entanto, ele também afirmou estar bêbado na noite em que os fatos ocorreram.