A aquisição de um hospital inacabado em Maceió por 266 milhões de reais, utilizando recursos provenientes do acordo entre a prefeitura e a Braskem, está sob investigação do Ministério Público de Alagoas. A transação, realizada em setembro de 2023, levanta suspeitas de superfaturamento e se torna mais um ponto de tensão para o prefeito João Henrique Caldas (PL) às vésperas das eleições.
A compra, cujo montante é proveniente do acordo bilionário entre a prefeitura e a Braskem devido ao afundamento de bairros em Maceió, é alvo de apuração por parte do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado. Mesmo com a promessa de inauguração e oferta de 220 leitos até o primeiro trimestre de 2024, o hospital ainda está em obras, com alguns andares sem piso, revestimento ou equipamentos médicos.
A gestão municipal afirma que a compra seguiu todos os procedimentos formais e destaca três auditorias independentes que atestaram a viabilidade técnica e financeira do projeto. No entanto, críticas surgiram do grupo liderado pelo senador Renan Calheiros (MDB), aliado do governador Paulo Dantas, acusando o prefeito JHC de desviar recursos da indenização da Braskem.
O embate político entre Calheiros e Arthur Lira (PP), padrinho político de JHC, intensifica-se, e o caso deve ter desdobramentos à medida que a investigação avança. A prefeitura ressalta a importância do novo hospital para a região, enfatizando que se tornará o “mais moderno do Nordeste” e oferecerá atendimentos de média e alta complexidade.