Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2017 e 2021, as doenças determinadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. A medida visa a promoção da saúde e a prevenção das doenças, focando em áreas como enfrentamento da fome e pobreza, ampliação dos direitos humanos, proteção social para populações e territórios prioritários, qualificação de trabalhadores, e ampliação de ações de saneamento básico e ambiental.
O programa Brasil Saudável também identificou 175 municípios como prioritários por possuírem altas cargas de duas ou mais doenças e infecções determinadas socialmente. A ação estratégica foi ressaltada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que destacou a importância de se combater não apenas as doenças listadas pelo programa, mas toda enfermidade gerada pela desigualdade social.
Durante o anúncio do programa, o diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, classificou a iniciativa como ambiciosa e enfatizou o impacto negativo que a pandemia de covid-19 trouxe para os sistemas de saúde da região. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também presente, considerou o programa muito importante e destacou o papel dos movimentos sociais na sua execução.
O Brasil Saudável será coordenado pelo Ministério da Saúde, e terá ações articuladas com outras pastas do governo, como Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento e Assistência Social, Direitos Humanos e Cidadania, Educação, Igualdade Racial, entre outras. A ação visa a enfrentar os impactos das doenças determinadas socialmente e promover a saúde de grupos mais vulneráveis socialmente.