Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8). Em 12 meses, o índice acumula uma alta de 4,51%.
No mês de janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que tem maior peso na cesta de consumo das famílias, subiu 1,38%. Isso representa um peso de 0,29 ponto percentual no IPCA do mês. O gerente da pesquisa, André Almeida, explicou que o aumento nos preços dos alimentos está relacionado principalmente às condições climáticas, como a temperatura alta e as chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país.
Entre os alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro estão a cenoura, batata-inglesa, feijão-carioca, arroz e frutas. Almeida destacou que historicamente há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial, dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas.
O grupo transportes também teve um impacto significativo na inflação em janeiro, ajudando a conter o índice. Houve uma deflação, ou seja, recuo nos preços, de 0,65%. O preço das passagens aéreas, que havia subido 82,03% nos meses anteriores, caiu em média 15,22% em janeiro.
O IPCA é considerado a inflação oficial do país e, com o resultado de janeiro, o acumulado de 12 meses diminuiu de 4,62% para 4,51%. É o quarto mês seguido com redução nesse acumulado.
O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é calculado para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Em janeiro, o INPC registrou uma alta de 0,55% e acumula uma alta de 3,82% em 12 meses. O grupo alimentação e bebidas tem maior peso para as pessoas dessa faixa de renda, o que influenciou o resultado do INPC.
