Marcelo Arruda, que era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atuava como tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu, comemorava seu aniversário com a temática petista quando foi surpreendido e morto a tiros por Jorge Guaranho, que invadiu a festa particular armado e se declarou apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
O valor acordado refere-se ao dano moral e às pensões devidas aos filhos de Arruda, de forma proporcional à idade de cada um. Através do acordo, o processo deve ser encerrado, após a determinação da Justiça no ano passado para o pagamento das pensões aos filhos menores de Arruda.
A conciliação foi realizada após a Advocacia-Geral da União (AGU) e a defesa da família concordarem com os termos intermediados pela 2ª Vara Federal de Foz de Iguaçu. A AGU informou que irá processar Guaranho de modo regressivo, para que ele arque com a indenização, levando em consideração que o autor do crime se valeu da condição de agente público para efetuar o disparo utilizando uma arma de propriedade da União.
Imagens das câmeras de segurança mostraram Guaranho invadindo a festa particular e atirando em Arruda, que revidou antes de falecer. Guaranho também foi atingido pelos disparos e se recuperou dos ferimentos, estando atualmente preso preventivamente e aguardando julgamento pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado.
O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre o grau de polarização política no país e a violência resultante desta polarização. A família de Arruda, assim como a sociedade, aguarda por um desfecho justo e definitivo para o caso, lidando com as repercussões emocionais e legais do crime hediondo que tirou a vida de um pai e marido querido.