Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, e o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a atenção, pois ele disse esperar que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que atacaram a democracia, ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2022.
É importante destacar que as medidas judiciais foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e incluem a proibição de manter contato com outros investigados, a proibição de se ausentar do país, com a entrega dos passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
A operação foi deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, fechar um acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF.
A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.
Por meio de suas redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que o presidente entregará o passaporte às autoridades competentes e determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo das mesmas decisões, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados.
A operação Tempus Veritatis tem gerado grande repercussão, e as investigações devem continuar avançando nos próximos dias.