As medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridas nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento de alguns mandados.
Segundo informações da PF, as apurações indicam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, com o intuito de viabilizar e legitimar uma intervenção militar, utilizando uma dinâmica de milícia digital. O primeiro eixo de atuação consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação.
Já o segundo eixo de atuação do grupo consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em um “ambiente politicamente sensível”.
A PF ressalta que os fatos investigados configuram crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
A operação Tempus Veritatis é mais um desdobramento das investigações que visam coibir ações que atentem contra a democracia. A atuação da Polícia Federal e das demais instituições envolvidas reforça o compromisso com a manutenção do Estado de Direito e o combate a práticas criminosas que buscam abalar as estruturas democráticas do país.