No vídeo, o policial é visto agredindo o homem negro com um fuzil, seguido pelo disparo da arma. O homem é socorrido por uma mulher, mas acaba ferido e sofrendo hemorragia, enquanto a agonia das pessoas ao redor é possível de ser ouvida. O fundador do jornal Voz das Comunidades, René Silva, classificou o ocorrido como “inadmissível”, enquanto a deputada estadual Renata Souza (PSOL) criticou a política de segurança pública do estado, afirmando que ela “opera pela lógica da morte”.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar divulgou uma nota afirmando que o agente envolvido na ocorrência já foi identificado e que as imagens captadas por sua câmera operacional portátil serão disponibilizadas para a investigação. A Corregedoria da Corporação instaurou um procedimento para averiguar as circunstâncias do ocorrido.
A Polícia Civil também abriu um procedimento de investigação, com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) enviando uma equipe para realizar perícia no local e diligências para esclarecer todos os fatos.
As imagens chocantes geraram um debate sobre a conduta policial, a política de segurança pública e os direitos humanos, trazendo à tona a discussão sobre o tratamento dado às comunidades de favela. A violência policial e a letalidade nas ações têm sido questões recorrentes no Rio de Janeiro, levando a um constante questionamento sobre as práticas e os protocolos de atuação das forças de segurança.
O caso continua sendo acompanhado de perto pela sociedade civil, que busca por transparência e justiça diante das ações violentas que impactam diretamente as comunidades mais vulneráveis. A repercussão do episódio seguiu intensa, com a sociedade exigindo respostas e medidas que visem a prevenção de novas formas de violência policial.