BRASIL – Reclamações de serviços de telecomunicações registram queda de 24,1% em 2023, aponta Conexis Brasil Digital

Os serviços de telecomunicações estão entre os que mais geram reclamações por parte dos consumidores em todo o país. Contudo, as queixas diminuíram significativamente ao longo do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Conexis Brasil Digital, associação que representa empresas do setor.

A queda no número de reclamações foi de 24,1% em comparação com o ano anterior, totalizando 1.306.213 queixas em 2023, em contraste com as 1.721.443 registradas em 2022. Segundo a Conexis, esta redução representa uma queda de 56% nos últimos cinco anos.

Apenas no mês de dezembro, as reclamações diminuíram em 11,4% comparado com o mesmo período de 2022. O total de queixas baixou de 109.747 para 97.243. De acordo com a associação, este foi o mês com menor volume de reclamações em todo o ano de 2023.

Ao analisar as categorias de serviço, destaca-se a queda mais significativa nas reclamações relacionadas à televisão por assinatura, com um recuo de 31,3%. Em seguida, está a telefonia móvel, com uma diminuição de 26,4%, e a banda larga fixa, com uma redução de 13,5%.

A Conexis aponta dois fatores que podem estar por trás dessa diminuição nas reclamações. O primeiro é o Sistema de Autorregulação das Telecomunicações, que completa quatro anos em 2024. A associação defende a ampliação da autorregulação como um meio de melhorar o relacionamento com os consumidores e fortalecer o setor.

O segundo fator, segundo a entidade, está relacionado à plataforma Não Me Perturbe, que bloqueia ligações de telemarketing de empresas de setores específicos. Esta plataforma já conta com mais de 12 milhões de números cadastrados, com 974.902 números adicionados apenas no ano passado.

A plataforma, em funcionamento desde julho de 2019, possibilita que indivíduos bloqueiem chamadas de telemarketing de empresas de telecomunicações e ofertas de crédito consignado. No entanto, é importante ressaltar que o mecanismo não bloqueia ligações de outros setores, como planos de saúde ou redes varejistas.

Sair da versão mobile