BRASIL – General Augusto Heleno defende rompimento institucional e “virada de mesa” antes das eleições de 2022 durante reunião de cúpula do governo Bolsonaro.

O general Augusto Heleno, durante a reunião da cúpula de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendeu a necessidade de rompimentos institucionais e uma “virada de mesa” antes das eleições de 2022. Em uma gravação divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Tempus Veritatis, ele manifestou preocupação com o risco de vazamentos sobre a atuação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Durante a reunião, Heleno expôs sua preocupação com a possibilidade de agentes da Abin serem infiltrados estrategicamente no ano eleitoral. Ele foi interrompido por Bolsonaro, que pediu para que o assunto fosse discutido em particular. Heleno também demonstrou preocupação em relação à do VAR nas eleições, defendendo a necessidade de agir antes do pleito.

Na reunião, Heleno propôs a Bolsonaro promover um rompimento institucional para permanecer no poder, expressando a ideia de que “as coisas têm de ser feitas antes das eleições”. Ele enfatizou que, após as eleições, será difícil ter uma nova perspectiva e que será necessário agir contra determinadas instituições e pessoas.

A Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis para investigar uma suposta organização criminosa que teria resultado em uma tentativa malsucedida de golpe de Estado em janeiro de 2023. Esta operação também revelou a reunião em que Heleno fez tais declarações.

A divulgação desses fatos gerou reações em todo o país, com políticos e especialistas manifestando preocupação com as declarações do general e o impacto que poderiam ter nas instituições e na democracia brasileira. Além disso, o episódio gerou debates sobre a atuação dos militares na política e a relação do governo com as Forças Armadas.

Diante da repercussão, Augusto Heleno e Jair Bolsonaro foram alvo de investigação da Polícia Federal, e as declarações do general levantaram questões sobre a possibilidade de intervenção militar e o respeito à democracia no Brasil.

O caso continua a gerar debates e análises por parte de especialistas e autoridades, uma vez que coloca em evidência a fragilidade das instituições democráticas frente a possíveis ameaças e a importância de proteger a democracia e suas instituições. A sociedade brasileira aguarda respostas e medidas que garantam a estabilidade democrática e o respeito pelo Estado de Direito.

Botão Voltar ao topo