De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a categoria exige a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma retribuição por produtividade institucional semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal. Além disso, os servidores também reivindicam um reajuste salarial de 36% e a reestruturação da carreira.
Como forma de pressionar o governo a atender essas demandas, os servidores também decidiram entregar imediatamente os cargos comissionados, incluindo gerências e diretorias, com o objetivo de provocar uma asfixia operacional e burocrática no órgão.
Essa decisão ocorre após os servidores estarem em operação padrão desde dezembro de 2023. Questionado pela imprensa, o BC não informou se a greve afetará o funcionamento de serviços essenciais do órgão, como as atividades de fiscalização e o funcionamento do Pix.
A paralisação dos servidores do Banco Central é mais um capítulo das diversas mobilizações e greves que têm ocorrido entre as categorias de servidores públicos em todo o país. Em meio a um cenário econômico desafiador, essas paralisações têm sido uma forma de pressionar o governo a atender as demandas por melhorias salariais e condições de trabalho.
O impacto disso na economia e na prestação de serviços à população ainda é incerto, mas é evidente que as negociações entre governo e servidores terão que avançar para evitar prejuízos maiores para ambas as partes. A greve dos servidores do Banco Central adiciona mais um elemento de pressão em meio a um contexto político e econômico já conturbado.