BRASIL – Vacinação contra a dengue: doses destinadas a crianças chegam a Goiás e DF, com previsão de ampliação da faixa etária.

Na tarde da última terça-feira (6), Goiás e o Distrito Federal receberam as doses contra a dengue destinadas a crianças de 10 e 11 anos. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, informou que até o final do mês de março, os 521 municípios brasileiros selecionados para receber as doses devem tê-las em mãos para imunizar esse público específico. A expectativa é que, à medida em que novos lotes cheguem ao país, a faixa etária a ser imunizada se estenda até atingir os 14 anos.

De forma inédita, o Brasil se tornou o primeiro país a incorporar a imunização contra a dengue na rede pública de saúde. Em entrevista coletiva, Ethel afirmou que o país está comemorando esse marco histórico e que essa é a primeira vez que a vacina está sendo disponibilizada em um sistema público de saúde no mundo. Ela ainda alertou para a previsão do ministério de que os casos de dengue no país ultrapassem os 4 milhões neste ano, enfatizando a preocupação com a doença.

Segundo a secretária, os sinais de alerta para a dengue incluem vômitos persistentes e dor abdominal, e a orientação é buscar atendimento médico rapidamente. Ethel ressaltou a importância da hidratação no tratamento da doença e destacou que qualquer sinal que impeça a pessoa de se manter hidratada deve ser motivo para procurar auxílio médico.

Mesmo durante o período de Carnaval, a distribuição de novas doses não será interrompida, e a secretária afirmou que o fornecimento das vacinas continuará acontecendo, apesar do feriado. As 212 mil doses distribuídas entre o Distrito Federal e Goiás chegaram na tarde da última terça-feira (6). Segundo Ethel, um novo quantitativo, que chegou na tarde da última quinta-feira (8), será liberado nos próximos dias para mais municípios.

A operação de imunização teve início com as faixas etárias de 10 e 11 anos, e a intenção é ampliar a vacinação à medida que novas doses cheguem ao país. No entanto, a secretária ressaltou que a continuidade do processo depende da produção da empresa responsável pela vacina, o laboratório Takeda. Ela afirmou que a empresa enviou um cronograma, mas que ainda não é possível prever se será efetivado, demonstrando cautela em relação à disponibilidade das doses. Esta é uma conquista importante, mas ainda há desafios a serem enfrentados para conter a propagação da doença e evitar óbitos.

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