Corrêa Neto passou pela audiência de custódia na manhã deste domingo com um juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF) e aguarda a decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre a manutenção de sua prisão. Entretanto, ainda não foram divulgadas informações sobre quando o ministro irá tratar do assunto.
O coronel, que estava cumprindo uma missão internacional em Washington desde dezembro de 2022 no Colégio Interamericano de Defesa, é um dos quatro investigados pela Polícia Federal por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito. As prisões preventivas foram decretadas na semana passada durante a operação da Tempus Veritatis (em latim, “hora da verdade”).
De acordo com informações divulgadas, o coronel é apontado como o responsável pela preparação de reuniões e seleção de militares formados no curso de Forças Especiais (Kids Pretos) para atuar na tentativa de golpe de Estado. Nas investigações da Polícia Federal, ele é descrito como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, Bernardo Romão Corrêa Neto é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras em 1997, foi comandante do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado e ocupava o cargo de assistente do Comandante Militar do Sul, general Fernando José Sant’ana Soares e Silva, atual chefe do Estado-Maior do Exército.
Ao desembarcar em Brasília, o investigado teve seu passaporte e telefone celular apreendidos pela Polícia Federal.
A situação do coronel Bernardo Romão Corrêa Neto continua sendo acompanhada de perto pela imprensa e pela população, à medida que novas informações sobre o caso são divulgadas. A prisão de um oficial do Exército em meio a acusações tão graves certamente levantará questões sobre a segurança e a estabilidade política do país.