BRASIL – Operação Escudo: Ouvidoria da Polícia investiga atuação policial na Baixada Santista após confrontos com 18 mortes.

O ouvidor da Polícia de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, e uma comitiva de entidades de direitos humanos se deslocaram neste domingo (11) da capital paulista à Baixada Santista para colher informações sobre a atuação dos policiais na Operação Escudo. A ação da polícia, iniciada no dia 2, já deixou 18 civis mortos, até este sábado (10), em supostos confrontos com os agentes.

Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, as denúncias têm chegado através de moradores e grupos em redes sociais, acompanhadas de vídeos, fotos e áudios, que evidenciam um aumento assimétrico da violência nos últimos quatro dias, com ênfase para a última sexta-feira. Essa percepção tem sido compartilhada por diversas instituições e entidades de direitos humanos que têm atuado no episódio.

A Ouvidoria destacou que está aberta para receber denúncias da população e dos agentes de segurança que se sentirem pressionados ou violados em seus direitos. As denúncias podem ser feitas por WhatsApp (11 97469 9812); por telefone: 08000 17 70 70 ou por e-mail ouvidoriadapolicia@sp.gov.br. Também é possível comparecer presencialmente à Ouvidoria.

Por sua vez, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que todos os casos estão sendo apurados e que, desde o início do ano, foram registradas seis mortes de policiais, sendo quatro PMs ativos e um inativo, e um policial civil em serviço.

Até o momento, 18 suspeitos que iniciaram confrontos contra as forças de segurança morreram. Todos os casos estão sendo rigorosamente investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, de acordo com a SSP.

A região da Baixada Santista é alvo da nova fase da Operação Escudo, lançada em reação à morte do policial militar da Rota Samuel Wesley Cosmo, em Santos, no dia 2. Uma ação policial recente na cidade de São Vicente, na Baixada Santista, gerou polêmica, pois um policial militar atirou duas vezes à queima-roupa em um homem desarmado no bairro Bitaru. O ministério informou que abriu uma investigação para apurar o caso e que a ação não tem relação com a Operação Escudo.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também manifestou preocupação em relação à atuação da polícia na Baixada Santista. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) vem a público externar a preocupação do governo federal diante dos relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos de que graves violações de direitos humanos têm ocorrido durante a chamada Operação Escudo.

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