A participação no estudo será voluntária, com os nomes sendo sorteados entre usuários cadastrados nas unidades de atenção primária de saúde da região. A aplicação da vacina ocorrerá em duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas, totalizando 40 mil aplicações. É importante ressaltar que aqueles que já tiveram dengue não estão impedidos de participar da pesquisa.
Durante um período de dois anos, os pesquisadores irão coletar informações sobre casos, hospitalizações e mortes, a fim de observar a diferença no comportamento do vírus entre os vacinados e os não vacinados. Com base nessas informações, será avaliada a efetividade da vacina na população adulta, com possibilidade de sua futura incorporação nacional.
A vacina utilizada é a Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, recentemente incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. A Qdenga oferece proteção contra os quatro subtipos do vírus da dengue: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.
O Ministério da Saúde tem distribuído lotes da vacina para os municípios brasileiros que atendem aos critérios estabelecidos em conjunto com os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Atualmente, o público-alvo é composto por pessoas com idades entre 10 e 14 anos.
Em paralelo ao início deste estudo, o estado do Rio de Janeiro confirmou a segunda morte por dengue no município, que já está em situação de emergência desde o dia 5 deste mês. No estado todo, já são quatro óbitos em 2024: dois na capital, um em Mangaratiba e um em Itatiaia. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), foram registrados 39.311 casos prováveis de dengue até o momento, de janeiro até o dia 13 de fevereiro. No ano passado, o Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ) da secretaria contabilizou 51.479 registros prováveis de dengue, resultando em 32 mortes.