BRASIL – “Complexidade do terreno e das chuvas dificultam captura de presos fugitivos do Presídio Federal de Mossoró, afirma ministro da Justiça”

Com mais de 18 dias no cargo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo (18) que não há prazo para a captura dos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Ele ressaltou que a complexidade do terreno e as chuvas têm dificultado a busca. Apesar do emprego de cerca de 500 agentes de segurança e equipamentos modernos, o terreno montanhoso com vastas áreas de mata e cavernas prejudica o uso de detectores de calor, aumentando a dificuldade da operação.

As autoridades acreditam que os fugitivos ainda estão dentro de um raio de 15 quilômetros a partir da penitenciária. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos a escapar de um presídio federal de segurança máxima desde sua criação em 2006. Lewandowski revelou que o efetivo de agentes em busca pelos foragidos aumentou de 300 para cerca de 500, divididos em dois turnos.

A fuga dos detentos levantou preocupações sobre a segurança das instalações do presídio. Segundo investigações, os presos utilizaram uma barra de ferro retirada de uma parede e uma ferramenta encontrada em uma obra para cortar o alambrado que cerca a penitenciária. O ministro prometeu a construção de uma muralha em Mossoró, similar à existente na penitenciária federal da Papuda, no Distrito Federal. Ele também admitiu falhas no projeto de construção da penitenciária em Mossoró, afirmando que todas foram corrigidas.

Tanto o ministro quanto o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, evitaram falar em conivência na fuga antes das investigações serem encerradas. O prazo legal para a conclusão do inquérito policial é de 30 dias, mas pode ser prorrogado em caso de necessidade.

Em relação a relatórios que alertavam o Ministério da Justiça desde 2021 sobre falhas no sistema de monitoramento da penitenciária em Mossoró, Lewandowski afirmou que tais informações não chegaram a seu conhecimento a tempo de as correções necessárias serem feitas antes da fuga, visto que assumiu o cargo há apenas 18 dias. Ele ressaltou que, se tivesse recebido as informações a tempo, as devidas correções seriam realizadas.

A operação de busca pelos fugitivos continua sem previsão de prazo para ser concluída, diante da complexidade do terreno e das chuvas que estão apagando os rastros. A presença de mata densa e cavernas tem dificultado o uso de detectores de calor. Enquanto isso, as investigações sobre a fuga seguem em andamento tanto no âmbito administrativo quanto criminal. A fuga dos detentos tem gerado debates sobre a segurança das instalações do presídio, e as autoridades prometem aprimorar os sistemas de monitoramento e segurança das penitenciárias federais em todo o país.

Botão Voltar ao topo