De acordo com a Polícia Federal, os indivíduos envolvidos no esquema utilizavam açúcar invertido para produzir mel falso, comprando o quilo do xarope por R$3 e adicionando-o ao produto final, que era vendido como mel puro por até R$60 em Minas Gerais e São Paulo. Para enganar os consumidores, o grupo falsificava o registro do Sistema de Inspeção Federal e até adicionava favos de mel verdadeiros em algumas embalagens. Toda a produção era realizada em condições precárias de higiene.
A ação conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais. Sérgio Luiz Gonçalves Farias, presidente da Confederação Brasileira de Apicultura e Meliponicultura, destacou a importância de ações como essa e afirmou que a falsificação de mel no Brasil é um problema recorrente que afeta a credibilidade do trabalho de mais de 350 mil criadores de abelhas e produtores de mel em todo o país.
Farias ressaltou que a produção de mel é significativa e atrai a atenção de pessoas gananciosas, que realizam falsificações rudimentares. Ele também apontou aspectos comerciais legais que precisam ser regulamentados e como empresas podem informar incorretamente a presença de mel em seus produtos. Além disso, Farias alertou sobre o impacto psicológico causado pelos produtos de má qualidade no mercado, que levam parte da população a duvidar da procedência do mel.
Diante desse cenário, Farias orientou os consumidores a procurarem fontes seguras para adquirir mel, como apicultores locais que possuam selos de inspeção dos órgãos responsáveis e estabelecimentos confiáveis. Ele lembrou que, em alguns casos, o consumidor final pouco pode fazer para não ser enganado e recomendou atenção na escolha dos produtos.