BRASIL – Reunião do G20 no Rio de Janeiro destaca unanimidade pela solução de dois estados no conflito entre Israel e Palestina

Os chefes de Estado e de governo do G20 reuniram-se no Rio de Janeiro em um encontro de chanceleres. O foco principal da reunião foi a crise no Oriente Médio, principalmente a situação entre Israel e Palestina. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou ao final do encontro que a solução de dois estados (um palestino e um israelense) é considerada a única opção viável para a paz na região. Vieira também destacou a unanimidade entre os países integrantes do G20 em relação à necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.

Na reunião, estiveram presentes 45 delegações de integrantes do G20, convidados e entidades multilaterais, como a ONU, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Entre os chanceleres presentes estavam o secretário de Estado americano, Antony Blinken; o chanceler russo, Sergey Lavrov; e o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron.

A situação na Ucrânia, que sofre com a invasão russa, e na Faixa de Gaza, que enfrenta invasões territoriais israelenses, foram tópicos de discussão durante o encontro. Mauro Vieira ressaltou a condenação da guerra na Ucrânia por diversos países, assim como a preocupação com o conflito na Palestina. Ele também enfatizou a necessidade de uma solução de dois estados para o conflito entre Israel e Palestina, e pediu a imediata libertação dos reféns em poder do Hamas.

O chanceler brasileiro também defendeu a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para incluir novos países membros, com aumento na representação de regiões como a América Latina, Caribe e África. Além disso, ele destacou a importância de organizações financeiras multilaterais, como o FMI, facilitarem o acesso a financiamento para países pobres e possibilitarem uma maior participação destes na governança das instituições.

A presidência brasileira do G20 anunciou a realização de um novo encontro extraordinário dos chanceleres em setembro, em Nova York, à margem da abertura da 79ª Assembleia-Geral da ONU. Esta será a primeira vez que o G20 se reunirá dentro da sede das Nações Unidas, em uma sessão aberta para todos os membros da organização. Os próximos encontros do G20 estão previstos para ocorrer em São Paulo. Como presidente do G20, o Brasil tem o direito de chamar outros países e entidades para participar do grupo, como Angola, Bolívia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega, Paraguai, Portugal, Singapura e Uruguai. Em 2025, o G20 será presidido pela África do Sul.

O encontro de cúpula do G20 está previsto para acontecer em novembro, também no Rio de Janeiro, com a participação dos chefes de Estado e de governo. As discussões durante a reunião de chanceleres refletiram as prioridades da presidência rotativa brasileira, como a busca da inclusão social, o combate à fome e à pobreza, e a promoção do desenvolvimento sustentável. Mauro Vieira destacou a importância crescente do Brasil e o papel do G20 como um foro de concertação internacional.

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