O estudo revela que 8,4% dos brasileiros ainda precisam depositar o lixo em caçambas para ser recolhido pelos responsáveis pela limpeza. Desde o Censo de 2000 até os dados mais recentes de 2022, a cobertura da coleta de lixo, seja ela direta ou indireta, aumentou significativamente, passando de 76,4% para 85,8% em 2010 e atingindo os atuais 90,9%.
O pesquisador do IBGE, Bruno Perez, destacou que estados como Piauí, Acre e Maranhão apresentaram elevação na proporção da população atendida pela coleta de lixo. Por exemplo, no Maranhão, a cobertura subiu de 53,5% para 69,8%; no Piauí, de 60,1% para 73,4%; e no Acre, de 71,2% para 75,9%. São Paulo se destaca como o estado com maior cobertura, atingindo 99% da população.
É importante ressaltar que ainda existem 9,1% dos brasileiros que não têm acesso à coleta de lixo. Dentre essas pessoas, 7,9% precisam queimar os resíduos em suas propriedades, 0,3% enterram o lixo no próprio terreno, 0,6% descartam em terrenos baldios ou áreas públicas e 0,3% dão outro destino aos resíduos.
No que diz respeito ao abastecimento de água, 82,9% dos brasileiros são atendidos por redes gerais de distribuição. Já 9% utilizam poços profundos ou artesianos, 3,2% poços rasos ou cacimbas e 1,9% fontes, nascentes ou minas. Essas quatro formas são consideradas adequadas segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico, totalizando 96,9% de cobertura.
No entanto, é importante ressaltar que a potabilidade e a disponibilidade contínua da água não são investigadas no censo, o que limita a análise da efetividade dessas formas de abastecimento. Em relação ao tipo de moradia, as casas representam 84,8% dos domicílios brasileiros, seguidas por apartamentos (12,5%) e casas em vilas ou condomínios (2,4%). Além disso, o abastecimento de água por rede geral também apresentou mudanças conceituais desde 2010, dificultando a comparação dos dados.