De acordo com a FIJ, este massacre sem precedentes é descrito como uma tragédia terrível e injustificada. Os jornalistas palestinos que trabalham em Gaza estão enfrentando uma situação crítica, com falta de itens essenciais como roupas, cobertores, tendas, comida e água, especialmente em pleno inverno.
Além dos jornalistas palestinos, quatro jornalistas israelenses e três jornalistas libaneses também perderam a vida no conflito no Oriente Médio, totalizando 103 profissionais de imprensa assassinados em quase cinco meses de guerra. Segundo o Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ), a situação na região é considerada a mais perigosa já vista para jornalistas.
O CPJ também aponta que, durante dois anos de guerra na Ucrânia, 15 jornalistas foram assassinados. Deste total de profissionais mortos em 2023, 75% deles estavam em Gaza. O coordenador do programa do CPJ para o Oriente Médio e o Norte de África, Sherif Mansour, ressaltou que o exército israelense matou mais jornalistas em 10 semanas do que qualquer outra entidade em um ano.
No cenário brasileiro, sindicatos da categoria organizam atos em Juiz de Fora (MG) nesta segunda-feira e em São Paulo (SP) na terça-feira. A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, destacou a importância de chamar a atenção para a situação dos jornalistas no conflito em Gaza, ressaltando que a imprensa internacional está proibida de entrar na região.
O ato em São Paulo também irá abordar os casos dos jornalistas brasileiros Breno Altman e Andrew Fishman, que têm sofrido ameaças devido a uma cobertura crítica às ações de Israel. Samira enfatizou que o Brasil também enfrenta um ataque à liberdade de imprensa e de expressão no contexto do conflito palestino-israelense.