A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também registrou uma queda de 1,48%, passando de R$ 6,269 trilhões em dezembro para R$ 6,176 trilhões em janeiro. O Tesouro emitiu R$ 147,3 bilhões em títulos a mais do que resgatou, principalmente em papéis prefixados, e também contabilizou R$ 55,08 bilhões em juros.
Com a Taxa Selic em 11,25% ao ano, a apropriação de juros contribui para o endividamento do governo. No mercado externo, a emissão de títulos no exterior e a valorização do dólar resultaram no aumento da Dívida Pública Federal externa (DPFe), que subiu 8,89%.
O colchão da dívida pública, utilizado como reserva financeira em momentos de turbulência, apresentou uma redução, passando de R$ 982 bilhões em dezembro para R$ 813 bilhões em janeiro. Atualmente, o colchão cobre 7,1 meses de vencimentos da dívida pública, sendo previsto o vencimento de R$ 1,235 trilhão em títulos federais nos próximos 12 meses.
A composição da DPF também foi impactada, com a mudança na proporção de títulos prefixados, corrigidos pelos juros básicos e corrigidos pela inflação. O prazo médio da DPF aumentou de 3,95 para 4,11 anos, refletindo a confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos.
As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da Dívida Pública Federal interna, enquanto a participação dos não residentes aumentou ligeiramente em janeiro. Por meio da dívida pública, o governo consegue captar recursos financeiros junto aos investidores, comprometendo-se a devolvê-los futuramente com alguma forma de correção. A gestão da dívida pública continua sendo um desafio para o governo, que busca garantir a sustentabilidade financeira do país.