Os advogados argumentam que Moraes, na visão da defesa, possui interesses pessoais no processo, o que comprometeria sua imparcialidade. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, já havia rejeitado um pedido anterior com base na falta de demonstração clara das causas de impedimento previstas em lei.
No novo documento apresentado nesta segunda-feira (26), os sete advogados que representam Bolsonaro reforçam a alegação de que a atuação de Moraes como vítima central da suposta trama compromete sua isenção. Segundo a defesa, o ministro teria interesses diretos no caso, devido às ameaças que teriam sido feitas contra ele.
A investigação da Polícia Federal apontou a existência de uma minuta de decreto que previa um golpe de Estado com a prisão de Moraes, o que reforça a argumentação da defesa. Os advogados enfatizam que o monitoramento do ministro pelos investigados demonstra a ligação direta entre Moraes e o caso em questão.
O recurso, um agravo regimental, agora aguarda a apreciação de Barroso, que poderá revisar sua decisão inicial ou encaminhar a argumentação da defesa para análise pelo plenário. As investigações da Operação Tempus Veritatis apontam para um suposto plano de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro e membros do governo após a eleição de 2022.
A controvérsia envolvendo Bolsonaro, Moraes e o inquérito segue sem uma resolução definitiva, com a defesa do ex-presidente buscando a saída do ministro da relatoria do caso. O desenrolar desse embate político e jurídico certamente continuará a gerar discussões e debates acalorados nos próximos dias.