Esse trágico episódio ocorre em um contexto preocupante. Um levantamento divulgado pelo Fórum de Segurança Pública (FBSP) em novembro do ano passado apontou um aumento nas ocorrências de feminicídios e homicídios femininos, sendo esses crimes na contramão da tendência nacional de queda dos índices de violência. Enquanto os dados mostram uma queda de 3,4% nos crimes contra a vida no país no primeiro semestre do ano passado, os feminicídios e homicídios femininos cresceram 2,6% no mesmo período.
Em entrevista concedida à imprensa, a supervisora do núcleo de dados do FBSP, Isabela Sobral, ressaltou a importância da Lei Maria da Penha como um mecanismo fundamental para a prevenção do feminicídio. Segundo Sobral, a medida protetiva de urgência prevista na lei é essencial para evitar a violência contra as mulheres e prevenir assassinatos como o ocorrido em Tupã. Ela enfatizou a necessidade de utilizar essa ferramenta de forma eficaz, destacando que muitas vítimas de feminicídio não possuíam medida protetiva contra seus agressores.
Diante desse cenário alarmante, é fundamental que a sociedade e as autoridades se mobilizem para combater a violência de gênero e garantir a segurança das mulheres. O caso em Tupã é mais um alerta sobre a urgência de medidas eficazes para prevenir e punir os crimes de feminicídio, visando a proteção das vítimas e a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.