BRASIL – Homem de 49 anos é preso em flagrante por feminicídio em Tupã, após vítima solicitar medida protetiva contra ele.

Na tarde de segunda-feira (26), um homem de 49 anos foi preso em flagrante por feminicídio na cidade de Tupã, localizada em São Paulo. O crime chocou a comunidade e levantou discussões sobre a violência contra as mulheres no país. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do estado, a vítima, que havia solicitado uma medida protetiva contra o agressor horas antes do crime, foi brutalmente assassinada a facadas dentro de sua própria casa. O criminoso ainda tentou fugir, mas foi capturado pelas autoridades.

Esse trágico episódio ocorre em um contexto preocupante. Um levantamento divulgado pelo Fórum de Segurança Pública (FBSP) em novembro do ano passado apontou um aumento nas ocorrências de feminicídios e homicídios femininos, sendo esses crimes na contramão da tendência nacional de queda dos índices de violência. Enquanto os dados mostram uma queda de 3,4% nos crimes contra a vida no país no primeiro semestre do ano passado, os feminicídios e homicídios femininos cresceram 2,6% no mesmo período.

Em entrevista concedida à imprensa, a supervisora do núcleo de dados do FBSP, Isabela Sobral, ressaltou a importância da Lei Maria da Penha como um mecanismo fundamental para a prevenção do feminicídio. Segundo Sobral, a medida protetiva de urgência prevista na lei é essencial para evitar a violência contra as mulheres e prevenir assassinatos como o ocorrido em Tupã. Ela enfatizou a necessidade de utilizar essa ferramenta de forma eficaz, destacando que muitas vítimas de feminicídio não possuíam medida protetiva contra seus agressores.

Diante desse cenário alarmante, é fundamental que a sociedade e as autoridades se mobilizem para combater a violência de gênero e garantir a segurança das mulheres. O caso em Tupã é mais um alerta sobre a urgência de medidas eficazes para prevenir e punir os crimes de feminicídio, visando a proteção das vítimas e a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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