BRASIL – Equipe do Ministério da Saúde investiga confusão entre casos de dengue e febre Oropouche no Acre, causando alerta na região.

Uma equipe do Ministério da Saúde desembarcou no Acre durante esta semana com o objetivo de revisar e monitorar os casos de dengue na região. A surpresa veio quando a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, revelou que alguns dos casos anteriormente confirmados como sendo de dengue na verdade eram de febre Oropouche. Em decorrência disso, o estado do Acre decretou emergência em saúde pública no mês de janeiro, diante do aumento significativo de casos de dengue.

A febre Oropouche, assim como a dengue, é transmitida por mosquitos, especialmente pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim. Os sintomas apresentados pela febre Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo febre súbita, dor de cabeça intensa, dor nas costas e articulações, tosse, tontura, erupção cutânea, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Diante dessa situação, a Secretaria de Saúde do Acre orientou a população a adotar medidas preventivas similares às da dengue, como o uso de mosquiteiros, roupas compridas, instalação de telas em portas e janelas, aplicação de repelente e permitir a pulverização de substâncias repelentes nas residências pelos agentes de saúde.

É importante ressaltar que, apesar de ter sido descrita pela primeira vez na década de 60, não há registros de mortes associadas à febre Oropouche. O tratamento para essa doença é apenas sintomático, não existindo uma vacina específica disponível. Dessa forma, os pacientes infectados devem repousar e receber acompanhamento médico adequado.

No que diz respeito à dengue, o estado do Acre declarou emergência em saúde pública no início de janeiro, devido ao expressivo aumento no número de casos. Dados do Ministério da Saúde indicam 6.498 casos prováveis de dengue na região, mas ainda sem registros confirmados de mortes. O índice de incidência da doença no estado é de 782 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, exigindo atenção e medidas preventivas por parte da população e das autoridades de saúde locais.

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