BRASIL – Economia global pode desacelerar de forma suave, segundo documento divulgado pela presidência do G20, com destaque para crescimento moderado.

A presidência brasileira do G20 divulgou um documento informando que a probabilidade de uma desaceleração suave na economia global aumentou. Sem um comunicado conjunto oficial, o governo brasileiro emitiu um resumo das conclusões das reuniões entre os ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do grupo. Intitulado “Resumo do Presidente”, o documento destaca que as perspectivas de crescimento no médio prazo permanecem moderadas, com expectativas de que o crescimento econômico global se estabilize em um nível mais baixo.

De acordo com o documento, o principal desafio é estabelecer medidas que promovam o crescimento econômico mantendo a sustentabilidade nos orçamentos e criando reservas. A importância de políticas fiscais, monetárias, financeiras e estruturais bem calibradas foi ressaltada, visando promover políticas fortes, crescimento equilibrado e inclusivo, mantendo a estabilidade macroeconômica e financeira.

Em relação à inflação, foi destacado que o papel fundamental das autoridades monetárias é garantir que a inflação convirja para as metas estabelecidas. Apesar de uma aceleração global da inflação de 2021 a 2023, impulsionada por diversos fatores, a situação foi apontada como menos grave nos últimos anos.

O documento também abordou questões geopolíticas, como os conflitos na Ucrânia e em Gaza. A presidência brasileira do G20 salientou que as finanças não são o fórum mais apropriado para resolver essas questões e propôs que continuem a ser discutidas em fóruns relevantes. Além disso, foi mencionado o compromisso de combater a desigualdade e discutir propostas de taxação internacional, visando adaptar a tributação de multinacionais à era digital e estabelecer uma tributação mínima global para empresas globais.

Os países também se comprometeram a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e priorizar a implementação ágil da reforma das cotas do Fundo Monetário Internacional. Entre os principais riscos para a economia global apontados no documento estão os conflitos armados, o protecionismo e a perturbação das rotas comerciais, enquanto aspectos positivos incluem uma desinflação mais rápida do que o esperado e uma consolidação fiscal favorável ao crescimento.

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