BRASIL – Empresários presos em operação da PF contra atos antidemocráticos em Brasília são sócios de grupo atacadista.

Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a 25ª fase da Operação Lesa Pátria, resultando na prisão de dois empresários suspeitos de financiar e fomentar os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos. Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita, sócios do grupo Melhor Atacadista, foram alvos da operação.

A defesa dos empresários emitiu uma nota informando que ainda não teve acesso à decisão do STF e ressaltou que ambos estão comprometidos em esclarecer os fatos. Eles se mostraram dispostos a colaborar com as investigações e reiteraram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito e o respeito às instituições, especialmente o Supremo Tribunal Federal.

Durante seu depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos, Joveci Xavier de Andrade negou ter participado ativamente dos eventos de janeiro, porém admitiu estar presente no local durante as invasões. Ele também negou ter financiado quaisquer aspectos dos protestos e afirmou que sua empresa não compactua com atos de vandalismo ou intolerância política.

A operação envolveu a execução de 34 mandados judiciais em diversos estados do país, com o objetivo de reunir provas e indícios relacionados aos crimes investigados. A PF destacou que os danos causados ao patrimônio público durante os eventos de janeiro podem chegar a R$ 40 milhões, e as investigações apontam para a prática de diversos crimes, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

A operação representa mais um passo na busca por responsabilizar os envolvidos nos eventos que abalaram a estrutura institucional do país em janeiro, demonstrando o compromisso das autoridades em preservar a ordem democrática e combater atos contrários ao Estado de Direito.

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