As autoridades de saúde de Gaza informaram que soldados israelenses atiraram contra pessoas que aguardavam ajuda humanitária, resultando na morte de 104 palestinos. O governo brasileiro repudiou veementemente a ação, classificando-a como uma situação intolerável. Diante desse cenário de violência e desrespeito aos direitos humanos, Lula solicitou ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que invocasse o Artigo 99 da Carta da ONU para tratar do tema no Conselho de Segurança.
Além disso, o presidente brasileiro apelou aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU para que se unissem e interrompessem a matança em Gaza. Lula enfatizou a importância de agir com urgência para deter a violência e preservar a dignidade e humanidade da população afetada.
Durante a cúpula da Celac, Lula também abordou outros temas regionais e internacionais, como o conflito na Ucrânia e a crise no Haiti. Ele ressaltou a necessidade de reformas nas organizações internacionais e nos bancos de desenvolvimento para combater o subdesenvolvimento estrutural e promover o desenvolvimento econômico na América Latina e no Caribe.
Por fim, o presidente afirmou a importância da integração regional e da cooperação entre os países da região. Lula destacou a Celac como um fórum para construção de consensos e defesa dos interesses dos países latino-americanos e caribenhos. Ele reforçou a necessidade de atuação conjunta para fortalecer os projetos de desenvolvimento e influenciar os grandes debates mundiais.
A agenda de Lula na cúpula da Celac incluiu reuniões bilaterais com líderes regionais, como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren, além de compromissos com o secretário-geral da ONU e a assinatura de acordos bilaterais. A comitiva presidencial tem previsão de retornar ao Brasil ainda neste fim de semana, após intensos debates e negociações em São Vicente e Granadinas.