BRASIL – STF retoma julgamento da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal após sucessivos pedidos de vista. Placar está em 5 votos a 1.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, agendou para a próxima quarta-feira (6) a continuação do julgamento que trata da possível descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Este processo, que já está em pauta desde 2015, tem sido alvo de constantes adiamentos devido a pedidos de vista por parte dos ministros.

Até o momento, o placar está em 5 votos a 1 a favor da descriminalização do porte de maconha. Além disso, os ministros têm debatido a possibilidade de estabelecer um critério objetivo, como uma quantidade específica de maconha, para diferenciar o usuário do traficante de drogas. A maioria dos votos até agora indicam que essa quantidade pode variar entre 25g e 60g.

Os ministros também têm demonstrado apoio à liberação do cultivo de até seis plantas fêmeas de Cannabis. O ministro André Mendonça, que pediu vista do processo, deverá ser o próximo a votar, após o término do prazo regimental de 90 dias.

Em uma votação anterior, o ministro Cristiano Zanin se posicionou contra a descriminalização do porte de maconha, sugerindo a manutenção do crime nesse sentido, mas com a definição de um limite para diferenciar o uso da droga para consumo próprio do tráfico.

O Supremo está analisando a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas, que prevê penas mais brandas para o usuário em comparação com o traficante. No caso específico que motivou o julgamento, a defesa de um indivíduo condenado busca a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, após o réu ter sido detido com 3g da substância.

A repercussão geral deste recurso significa que a decisão final dos ministros irá estabelecer uma tese jurídica que deverá ser seguida por outras instâncias judiciais. Com isso, o julgamento do STF sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal é de extrema importância e marca um momento crucial no debate sobre a política de drogas no Brasil.

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