“É importante analisar a dinâmica da inflação no setor de serviços. Até o momento, não há motivos para alarme, mas é necessário ficar vigilante”, declarou o presidente do BC. Mesmo com a garantia do Banco Central de que a meta de inflação será cumprida, o mercado ainda mantém expectativas de inflação acima da meta para os próximos dois a três anos, em torno de 3,5%.
Campos Neto explicou que essa projeção acima da meta pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo a percepção de que é necessária maior disciplina fiscal no país. Ele ressaltou a importância do controle fiscal para manter a estabilidade econômica e evitar pressões inflacionárias.
O presidente do BC também abordou a questão dos juros no Brasil, mencionando que, embora ainda estejam em níveis elevados, têm diminuído em comparação com outros países emergentes. Ele comparou as taxas de juros reais do Brasil com as de outros países e observou que, apesar de ainda estarem acima da média, a diferença tem diminuído ao longo do tempo.
Ao analisar a taxa básica de juros em comparação com a de países emergentes, Campos Neto destacou que o Brasil apresenta uma taxa menor do que a do México atualmente. Essa redução gradual dos juros visa estimular a atividade econômica e o consumo, contribuindo para o crescimento sustentável do país.
Portanto, de acordo com o presidente do Banco Central, é fundamental manter o equilíbrio entre o controle da inflação, a disciplina fiscal e a redução dos juros para assegurar um ambiente econômico estável e favorável ao desenvolvimento do Brasil.