Além de Abel Galindo, a CPI também ouvirá o ativista José Geraldo Marques, doutor em ecologia e uma das vítimas da evacuação dos bairros atingidos pela mineração da Braskem. Segundo o relator da comissão, senador Rogério Carvalho (PT-SE), Marques teria sofrido pressões e ameaças por se opor à instalação da empresa Salgema, ligada à Braskem, e criticar a decisão do governo da época pela implantação da indústria. Ambos são autores do livro “Rasgando a Cortina de Silêncios: o lado B da exploração de sal-gema em Maceió”.
Outra depoente que irá falar à CPI é a engenheira Natallya de Almeida Levino, também professora da Universidade Federal de Alagoas. Ela é a coordenadora de uma pesquisa sobre as dimensões econômica, social e ambiental da subsidência que atinge cinco bairros de Maceió, um movimento de afundamento de terrenos que preocupa a população local.
A sessão promete ser intensa e repleta de revelações sobre os impactos da mineração da Braskem em Maceió. A população deve ficar atenta e acompanhar ao vivo todos os depoimentos que serão prestados nesta importante investigação sobre as atividades da empresa na região. A expectativa é que novas informações surjam e contribuam para esclarecer os fatos e responsabilidades envolvidos nesse caso.